A adiponectina é uma proteína sintetizada pelos adipócitos à qual se atribui propriedades anti aterogênicas e sensibilizadoras da ação da insulina . Os PPAR gama do tecido adiposo, principalmente envolvidos na assimilação de lipídios por meio de vias anabólicas, garantem a secreção equilibrada de adiponectina e leptina, importantes mediadores da sensibilidade à insulina. Adiponcectina baixa correlaciona-se com elavação de alguns marcadores de inflamação como interleucina 6 (IL-6) e proteína C (PCR), sendo uma potencial preditora de aterosclerose e eventos coronarianos em diabéticos e obesos. Indicações: Tem sido utilizada avaliação de resistência à insulina, predição de esteatose hepática não alcóolica e risco de aterogênese. Potencial utilidade na avaliação de resposta inflamatória, especialmente em pacientes obesos diabéticos e/ou dislipidêmicos. Interpretação clínica: Geralmente é inversamente proporcional ao índice de massa corpórea, resistência insulínica, cintura abdominal e leptina. Está diminuída em pacientes com lipodistrofia e em uso de terapia antirretroviral. Níveis baixos em obesos estão associados a aumento de esteatose hepática não alcóolica. Níveis elevados estão associados a melhor sensibilidade insulínica e controle de diabetes, melhor controle lipidico e menor reação inflamatória associada ao diabetes mellitus. Sugestão de leitura complementar: Pereira RI, Snell-Bergeon J, Erickson C, Schauer IE, Bergman, BC, Rewers M, Maahs DM. Adiponectin Dysregulation and Insulin Resistance in Type 1 Diabetes. J Clin Endocrinol Metab 2012; 97: 2011-42. Targher G, Day CP, Bonora E. Risk of Cardiovascular Disease in Patients with Nonalcoholic Fatty Liver Disease. N Engl J Med 2010; 363:1341-1350. |