Os anti-insulina podem ser de dois tipos: - Os auto-anticorpos que aparecem espontaneamente com ligação irreversível à insulina. Além da ocorrência precoce em diabéticos tipo I, podem ocorrer também em 6% dos parentes diretos. - Os anticorpos que aparecem em pacientes em uso de insulina. Ligam-se de maneira reversível à insulina, podendo ser detectados em títulos baixos em qualquer paciente. No entanto, quando em títulos altos, agem retardando ou diminuindo a sua ação nos tecidos alvo e, após desligar-se, predispõem à hipoglicemia. Também podem estar positivos nos casos de alergia à insulina e ocorrer mesmo quando em uso de insulina humana (2% dos casos). Indicações: Como marcador de diabetes mellitus autoimune, no estudo de resistência à insulina em diabéticos em uso de insulina e na monitoração de alergia à insulina. Interpretação clínica: Encontra-se elevado em 50% a 60% dos pacientes com diabetes mellitus tipo I (em 90% daqueles abaixo de 15 anos). Quando associados à ICA e anti-GAD positivo têm alto valor preditivo de quase 100% para a ocorrência de diabetes. Em pacientes que usam insulina, mesmo humana, a presença de anticorpos em títulos altos sugere resistência por processo autoimune. No entanto os seus níveis não têm correlação com o grau de resistência. Sugestão de leitura complementar: Bingley PJ. Clinical applications of diabetes antibody testing. J Clin endocrinol Metab 2010; 95: 25-33. Sacks D et al. Guidelines and recommendations for laboratory analysis in the diagnosis and management of diabetes mellitus. Clin Chem 2002, 48:436-72 |