O HBsAg é o antígeno protéico de superfície do vírus da hepatite B. Possui subgrupos antigênicos, dos quais os mais importantes são ADW, AYW, ADR, AYR, de pouco interesse clínico, mas de importância epidemiológica. Sua presença pode ser detectada durante o período de incubação, de duas a seis semanas depois da exposição. Atinge o pico na fase aguda da doença, em que é grande o grau de infectividade, e declina gradualmente até tornar-se indetectável em cerca de um a três meses. É positivo em perto de 20% a 60% das hepatites crônicas persistentes e de 9% a 60% das hepatites crônicas ativas. Indicações: Diagnóstico de Hepatite aguda ou crônica causada pelo Vírus B Interpretação clínica: A presença do HBsAg indica viremia pelo Vírus B, mas não diferencia a doença aguda da crônica. A associação do HBsAg com anti HBc IgM é diagnóstica de hepatite B aguda, principalmente quando associada à icterícia e aumento de transaminases. A presença do HBsAg com anti HBc total e fração IgM negativa é indicativa de hepatite B crônica. Nestes casos, a presença do antígeno E do vírus B no sangue mostra replicação viral e maior gravidade. Nos quadros onde há cura da hepatite B, o HBsAg desaparece e surge o anticorpo correspondente, o Anti HBs. Sugestão de leitura complementar: Dufour DR. Evaluation of Liver Function and Injury. In: Henry: Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 20th ed. 2001. Saunders. EASL International Consensus Conference on Hepatitis B. 13-14 September, 2002: Geneva, Switzerland. Consensus statement (short version). J Hepatol 2003; 38: 533-40. Lok AS, Heathcote EJ, Hoofnagle JH. Management of hepatitis B: 2000-summary of a workshop. Gastroenterology 2001; 120: 1828-53. |